quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

O Big Brother nosso de cada dia


Este é o Big Brother Brasil 8. Quando o primeiro deles passou pensei ser uma dessas modas como pagode, rock, brega..., mas enganei-me este é o oito. E sabem o que isso representa? Que o Brasil pela oitava vez sentará de frente a televisão e assistirá um bando de pessoas selecionadas, não por suas capacidades intelectuais ou por suas contribuições para a humanidade, mas sim, por possuirem corpos exuberantes que, após o término do programa, serão expostos em revistas semi-nus ou totalmente nus.
Quando o primeiro Big Brother passou na tevê eu tive raiva da Globo, ver como essa emissora manipula as pessoas direcionando uma programação que atende as exigências das massas e não procura orientá-las. Uma programação que não está preocupada com a formação do cidadão, mas apenas com a informação que é curta e cheia de preconceito; não faz ninguém REfletir, apenas REpetir o que os repórteres comentam. Eu pensei que deveria odiar a Rede Globo, mas depois para e pensei, bem não estaríamos no número 8 se não houvesse pessoas para assitir.
Fiz uma rápida pesquisa no google com a palavra BBB e encontre o astronômico número de
766.000. Como tantas pessoas que possuem internet, um público mais selecionado, perde tanto tempo falando disso. Fui mais longe procurei mais dados sobre BBB8, agora 320.000 dos internautas, especificamente gastam seu tempo falando do novo Big Brother. Quando saiu as ruas só ouço falar disso, mesmo aqueles que dizem "não gostar" hora ou outra admitem: "Não há mais nada para assistir", fico com a MTV, "Desligue a tevê e vá ler um livro".
Como havia dito, não estou mais com raiva da Globo, acho que ela faz muito bem o seu papel de NADIFICAR o nosso telespectador; o que realmente me irrita é o povo que assiste o BBB8 com a desculpa de "não ficar de fora das conversas". O que as pessoas não percebem é que elas já estão "de fora". Quem disse que Big Brother é nosso mundo? Quem disse que estar dentro emersso no mundo é falar de Big Brother. Não, todos estão fora, olhando uma caixa mágica, vendo imagens de um certo contingente de pessoas que passam o dia inteiro fazendo NADA, como muitos no Brasil gostariam de fazer. Não nascemos para ser muito menos do que vemos na tevê no Big Brother nosso de cada dia. No fundo, talvez queiramos ser aquilo..., nada.